Comerciantes e moradores se queixam de prejuízos causados pela ampliação da praça Coronel Almeida
A reforma da praça Coronel Almeida, em Araçoiaba da Serra, avaliada em R$ 2,5 milhões, vem gerando insatisfação entre comerciantes e moradores. A retirada de uma banca de jornais com 29 anos de funcionamento, sem alternativas de remanejamento, e as mudanças no tráfego e estacionamento no entorno da praça são as principais reclamações da população. A Prefeitura afirma que a revitalização atenderá às normas de acessibilidade e promoverá melhorias no espaço público, mas o impacto sobre o comércio local e a derrubada de árvores tem sido motivo de controvérsia.
As obras de ampliação e revitalização da praça Coronel Almeida, principal ponto de encontro da cidade de Araçoiaba da Serra, iniciadas há nove dias, têm provocado reações negativas entre os moradores e comerciantes. A intervenção, que tem como objetivo aumentar o espaço público e melhorar a acessibilidade, trouxe mudanças que afetam diretamente o tráfego de veículos, o estacionamento e até a presença de comerciantes locais, como uma tradicional banca de jornais que operava há 29 anos e foi retirada sem uma proposta de relocalização.
De acordo com a Prefeitura, a reforma inclui o alargamento das calçadas em até 5 metros para acomodar melhor cadeirantes e a instalação de pisos táteis para pessoas com deficiência visual. Além disso, a retirada de 31 árvores nativas, que serão transplantadas para o lago municipal e o horto florestal, também gerou preocupação entre os moradores. Em contrapartida, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público prevê o plantio de duas mil mudas de árvores em outros locais para compensar o impacto ambiental.
Comerciantes e moradores, entretanto, expressam suas queixas quanto à eliminação de vagas de estacionamento e à redução da área de tráfego, que, segundo eles, prejudicará a economia local. A rua 7 de Setembro e a rua Professor Toledo, que cercam a praça, terão o tráfego de veículos reduzido a uma única faixa, sem estacionamento, o que afeta diretamente o fluxo de clientes nos comércios da região. “A praça sempre foi o ponto de encontro de famílias e jovens, e a redução do espaço para veículos vai afastar os frequentadores, prejudicando o comércio”, lamentou um comerciante local.
A revitalização também causou polêmica pela derrubada de duas grandes árvores da Praça da Alimentação, popularmente conhecida como Praça do Paraguai. De acordo com a Prefeitura, as árvores não eram nativas, mas a remoção gerou desconforto entre os moradores, que já tinham expressado insatisfação com a retirada das árvores da praça Coronel Almeida.
A obra está sendo executada pela empresa Objetivo Construção Civil e Pavimentação Ltda., e, embora o prazo oficial seja de um ano, a Prefeitura pressiona para que a revitalização seja concluída em seis meses, visando o período eleitoral de setembro ou outubro deste ano.