A diretora e a vice-diretora da escola estadual Anna Cuevas Guimarães, que fica no bairro Jardim Daniel Haddad, em Salto de Pirapora, foram presas em flagrante neste domingo (28) por colocarem fogo em livros didáticos e documentos escolares. Segundo o delegado de polícia da cidade, Gilberto Montenegro, que investiga o caso, a vice teria colocado fogo nos livros e em documentos escolares por ordem da diretora, na quadra da escola. Os vizinhos ficaram assustados com a quantidade de fumaça que estava saindo da escola e acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM). O Cruzeiro do Sul entrou em contato com a advogada das funcionárias, mas até o momento não houve retorno. A Secretaria de Educação do Estado também foi questionada, mas ainda não enviou resposta.
De acordo com a polícia, o fato ocorreu por volta das 10h e quando os guardas chegaram na escola a vice ainda estava ateando fogo no material na quadra, que é coberta. Os livros queimados formaram uma pilha de cinzas e a polícia conseguiu recuperar duas pastas com documentos que seriam do programa estadual Escola da Família. O delegado disse que em outra quadra externa, ao lado, havia crianças jogando bola. “Elas vão responder pelos crimes de incêndio em prédio público, dano qualificado e tentativa de inutilização de documentos públicos. São crimes graves e elas poderiam ter causado um incêndio na escola”, afirma Montenegro.
Segundo o delegado, a diretora e a vice foram levadas para o plantão norte em Sorocaba, onde passaram a noite e na manhã desta segunda-feira (29) serão levados ao Fórum, para uma audiência de custódia.
A Polícia Civil de Salto de Pirapora também chamou uma equipe da perícia técnica, que irá analisar o material queimado para constatar os danos. Montenegro disse ainda que a diretora e a vice disseram que atearam fogo nos livros e documentos para fazer o descarte, pois o material não iria mais ser utilizado. Porém, o delegado afirma que o procedimento foi incorreto e conforme o que ele apurou com a Diretoria de Ensino de Salto de Pirapora, os funcionários são orientados a fazer o descarte de livros didáticos para a reciclagem somente após autorização, por meio de um pedido administrativo.
O caso segue em investigação pela delegacia de Salto de Pirapora. Após a audiência de custódia no Fórum, em Sorocaba, o juiz irá decidir e elas irão responder o processo em liberdade.
Matéria: Ana Cláudia Martins
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
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