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CASO DE SUCESSO
O cearense Francisco Edilson Lima, 46, chegou a São Paulo, em 1990, atrás de uma oportunidade de emprego. Começou a trabalhar como faxineiro na Ligue-Esfiha e, três anos depois, foi convidado para ser sócio da empresa. Em 2000, com o rompimento da sociedade, ele assumiu uma das lojas da rede -ao todo eram três-, mudou o nome da empresa para Kalik Ligue-Esfiha e resolveu buscar diferenciais para o negócio. Ele criou o tamanho GG das esfihas, que passou de 11 cm para 17 cm, e introduziu sabores como provolone, filé-mignon com catupiry e peperone com mozarela. No ano passado, a empresa faturou R$ 2,5 milhões, 32% a mais do que em 2015, quando atingiu R$ 1,9 milhão. O motivo do aumento, segundo Lima, foi a expansão do negócio. Em 2016, a casa, que funcionava apenas no sistema delivery, inaugurou outra unidade para começar a atender o público também no local. Ambas estão localizadas na zona oeste de São Paulo, uma no bairro de Perdizes (que faz entrega e serve no local) e outra na Pompeia (que recebe pedido no balcão).
Para este ano, ele prevê um crescimento de 10%. O lucro não foi revelado. “A insegurança da nossa economia nos faz pensar que o desempenho será menor este ano, mas, com, as duas unidades operando a todo o vapor, esperamos manter o crescimento.”
Vendeu a moto para entrar como sócio da empresa
Depois de ser faxineiro, auxiliar de cozinha e cozinheiro, ele foi convidado para ser sócio da empresa. Para integrar a sociedade com outros dois empresários, ele vendeu uma moto, que valia, segundo ele, o equivalente a R$ 6.000 hoje e investiu mais R$ 4.000 em mão de obra, totalizando R$ 10 mil.
Lima, então, trocou o nome da loja para Kalik Ligue-Esfiha e começou a diferenciar o negócio. Ele diz que optou por aumentar o tamanho das esfihas para conquistar mais clientes. O empresário afirma que as tradicionais medem entre 10 cm e 11 cm de diâmetro e pesam entre 60g e 70g, já as dele medem 17 cm e pesam 220g.
“Os clientes falam que elas valem por uma refeição. Muitos chegam a dividir por achá-la grande.”
Esfihas custam a partir de R$ 6,90
A esfihas mais vendida -e também a mais barata- é a de carne (R$ 6,90). Entre as mais caras estão: filé-mignon com catupiy e peperone com mozarela. Ambas custam R$ 10,90. Há ainda:
- Alho com catupiy ou mozarela: R$ 9,90
- Escarola com mozarela: R$ 8,20
- Rúcula com tomate seco: R$ 10,90
- Cogumelo com mozarela ou catupiry: R$ 10,90
- Provolone: R$ 10,90
- Aliche com mozarela: R$ 9,90
- Carne seca com catupiry: R$ 9,90
- Carne seca com catupiry: R$ 9,90
E outros sabores, inclusive com opção de massa integral.
Tamanho e preço do produto são atrativos
Para Henrique Romão, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), o tamanho e o preço das esfihas são o grande diferencial do negócio. “A esfiha mais cara da empresa custa R$ 10,90 e tem o tamanho proporcional ao de uma pizza brotinho, que não sai por menos de R$ 20. O cliente pode fazer uma boa refeição por um preço bastante acessível.” Romão afirma, no entanto, que, apesar de o preço ser competitivo, é preciso avaliar se ele garante a lucratividade do negócio. “Os valores praticados pela empresa são baixos, se considerarmos o tamanho do produto e o fato de ele poder substituir uma refeição. É preciso fazer uma análise criteriosa para saber se a margem de lucro não fica comprometida por causa disso.”
OFERECIMENTO:
Edição: Aurélio Fidêncio
Matéria: Márcia Rodrigues
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