Poupa o presidente, mas critica o deputado federal Hélio Lopes e 2 assessores: “papagaios”; depois, deletou a publicação
O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz criticou aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em seu perfil no Facebook na manhã deste domingo (25.jul.2021). Ao compartilhar uma foto publicada há 3 anos pelo deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), o ex-funcionário de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) poupou o presidente, mas criticou o congressista e 2 assessores que estavam na image.
“É ! faz tempo que eu não existo pra esses 3 papagaios aí ! ( águas de salsichas) literalmente!!! Vida segue“, escreveu Queiroz. Após a repercussão, o ex-assessor deletou a publicação por volta das 18h.
Além de Queiroz, Bolsonaro e Hélio Lopes, estavam na foto o assessor especial da Presidência Max Guilherme Machado de Moura e o advogado Fernando Nascimento Pessoa, hoje assessor no gabinete de Flávio, no Senado. A imagem foi feita no Maracanã, em 2018 e publicada por Lopes no dia 25 de julho daquele ano.
Queiroz respondeu a comentários em sua publicação antes de deletá-la. A um usuário, que comentou “faz parte“, o es-assessor respondeu: “faz falta de caráter isso sim“. A outro, Queiroz disse: “minha metralhadora tá cheia de balas. Kkkk“.
O ex-assessor fez questão de frisar que não critica o presidente. “não sou nenhuma vítima. O post faço referência a 3 pessoas, que são ingratas. mais nada. Não tem nada haver [sic]com o presidente“, escreveu, em resposta a um comentário. A reportagem manteve a resposta da forma como foi publicada.
Diante da repercussão, Queiroz fez outro post dizendo que a publicação seria uma “estratégia” para identificar “petistas infiltrados” em seu perfil, que é aberto ao público. “Coloquei uma isca no Facebook, consegui pegar vários PTralhas inflitrados entre meus amigos. Bolsonaro 2022!!“, escreveu. A publicação foi deletada em seguida e a crítica aos “papagaios” foi excluída no fim da tarde.
Queiroz foi denunciado junto de Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”, termo popular para o crime de peculato praticado por servidor que se apropria total ou parcialmente dos salários de funcionários públicos lotados em gabinetes parlamentares. A denúncia ainda não foi recebida.
O ex-assessor foi preso em julho do ano passado em imóvel de propriedade do advogado Frederick Wassef, que defendia Flávio no caso. Foi para a prisão domiciliar em agosto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e ganhou a liberdade após a 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrubar a cautelar em março deste ano.
Edição: Aurélio Fidêncio
Fonte: Poder 360
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