A unidade funcionava na área rural da cidade e atendia cerca de 70 pacientes, dentro de um antigo haras. De acordo com a chefe da Vigilância Sanitária, uma denúncia do Ministério Público também teria apontado que o local funcionava de forma clandestina e com alvará vencido há dois anos.

“A partir do momento em que a empresa não tem licença de funcionamento, ela não poderia existir. É uma empresa que já foi interditada anteriormente e voltou a funcionar em outro local”, afirma Valdirene Bituan, chefe da Vigilância Sanitária.

A Vigilância deu o prazo de 7 dias para o proprietário regularizar a documentação. No entanto, o local terá que ficar interditado. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Alguns dependentes químicos relataram que sofriam maus-tratos.

“Nós éramos mantidos em cárcere privado aqui dentro. Se fizéssemos alguma coisa de errado, eles davam ‘gogó’ em nós até desmaiar e amarrava na maca”, relatou um paciente, que teve a identidade preservada.

Em entrevista à TV TEM, a mãe do rapaz disse que foi surpreendida com a fiscalização quando foi visitar o filho e teve que levá-lo para casa. A família desembolsava cerca de R$ 1 mil para o tratamento.

O dono da clínica prestou depoimento na delegacia, mas o advogado dele quem gravou entrevista. “O último alvará venceu em março de 2015 e, como a clínica mudou de endereço, ele estava refazendo todo o processo. Inclusive estava em reforma para fazer as adequações “, Túlio Augusto Rolim, que defende o empresário.

O advogado negou as acusações dos pacientes sobre os episódios de maus-tratos e disse que “a defesa vai provar que esse fato não ocorreu”.