Caso ocorreu no início da manhã desta quinta-feira (18/5), em São José dos Campos (SP); cachorro teria motivado confusão que gerou morte
Um sargento da Polícia Militar de folga morreu nesta quinta-feira (18/5) após ser atingido por um tiro na barriga disparado por um policial civil durante uma discussão, em São José dos Campos, no interior paulista.
Imagens de uma câmera de monitoramento (veja abaixo) mostram o policial civil passando em frente a um estacionamento, na Rua das Chácaras. O crime ocorreu por volta das 8h20 desta quinta.
No vídeo, é possível ver um cachorro perto do policial. O animal teria sido o estopim de uma discussão que resultou na briga. O policial civil é agredido por dois homens; o sargento Roberto Carlos Pereira Roque veste camiseta vermelha.
Após cair no chão e ser agredido com chutes, o policial civil saca uma arma e atira pelo menos uma vez, atingindo o abdômen do PM de folga.
Outro registro, feito com celular por uma testemunha, mostra o sargento caído, ao lado de um carro. Em seguida, ele é colocado no banco traseiro. O veículo, conduzido pelo irmão do PM, sai em alta velocidade do local.
A testemunha que registrou o ato afirma que a confusão teria começado após um cachorro avançar contra o policial civil.
O PM foi encaminhado ao Pronto-Socorro Parque Industrial, onde morreu. Ele estava lotado no 46º Batalhão da Polícia Militar do Interior.
A identidade do policial civil que atirou não foi informada. A Corregedoria da instituição vai investigar o caso.
Policiais mortos por policiais
Em 40 dias, três policiais militares em serviço foram mortos com tiros disparados por colegas de farda no estado de São Paulo. O número já é maior do que as duas mortes de PMs em confrontos com criminosos registradas no primeiro trimestre deste ano pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
No caso mais recente, ocorrido na manhã de segunda-feira (15/5), o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto, no interior paulista, e o 2º sargento Roberto Aparecido da Silva foram fuzilados por outro sargento, identificado até o momento somente como Gouveia.
Em 5 de abril, o sargento Rulian Ricardo foi morto com dois tiros, disparados por seu superior hierárquico, o capitão Francisco Laroca, e o cabo Fabiano Rizzo, que atua como motorista dele. O assassinato ocorreu dentro de um batalhão da PM na zona sul da capital paulista.
Ambos os crimes ocorreram nos quartéis onde vítimas e autores trabalhavam, e foram motivados, segundo apurado pelo Metrópoles, por discussões relacionadas à escala de trabalho. No caso ocorrido na capital, o sargento assassinado enviou áudios a um colega reclamando sobre isso.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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