Suspeito de estuprar neto vai para CDP

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TJ manteve prisão preventiva do advogado E. F. S., também investigado pela morte de Carol Pascuin

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a prisão preventiva do advogado suspeito de estuprar o próprio neto, de 2 anos, no município de Itapeva. Ele foi detido na terça-feira (2), em Praia Grande — Baixada Santista –, em uma ação realizada pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapeva. No dia seguinte, quarta-feira (3), o acusado passou por audiência de custódia no litoral de São Paulo e continuou preso. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros, na Capital. O homem também é investigado pela morte da influenciadora digital Carol Pascuin, que foi sua enteada.

O crime de estupro de vulnerável teria ocorrido em julho de 2023, quando E. F. S., de 54 anos, levou a criança para passear. Segundo a família, a vítima tentou comunicar os pais sobre a violência, mencionando o desenho animado “Detetive Labrador”, conhecido por oferecer dicas de segurança ao público infantil. Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itapeva. Na ocasião, uma medida de segurança também foi solicitada para proteger a família.

Desde então, após expedição do mandado de prisão preventiva, realizada pela 1ª Vara Judicial da Comarca de Itapeva, o suspeito passou a ser considerado foragido. Com isso, agentes da DIG começaram a monitorar a rotina do homem, que se escondia em endereços das imediações da Baixada Santista. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nos locais.

Após a prisão, o advogado foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Praia Grande. Segundo o TJ-SP, mais informações sobre o caso não serão divulgadas pois o processo está em segredo de Justiça.

Caso Carol Pascuin

E. F. S. também é investigado pela morte da estudante de medicina veterinária e influenciadora digital Anna Carolina Pascuin Nicoletti, de 24 anos, conhecida como Carol Pascuin. A jovem foi encontrada morta dentro de seu apartamento, no dia 13 de novembro de 2021, com um tiro na cabeça. O advogado viveu em união estável com a mãe da digital influencer por 15 anos.

Segundo a polícia, a jovem também foi vítima de stalking, pois era perseguida pelo ex-padrasto. Ele enviava dezenas de mensagens no aplicativo WhatsApp, fazia perfis falsos para vigiá-la nas redes sociais e até se matriculou no mesmo curso que a vítima frequentava para manter-se perto dela.

Na época, o homem chegou a ser preso temporariamente, em Pilar do Sul, no entanto, teve o pedido de prisão preventiva negado pela Justiça e foi solto em janeiro de 2022.

Antes disso, em 2017, ele já havia sido preso sob suspeito de estuprar uma adolescente e divulgar vídeos de natureza sexual com a menor na internet.

Matéria: Aurélio Fidêncio
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