Cidades da RMS enfrentam falta d’água enquanto Brasil registra avanço crítico do fenômeno

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Seca severa atinge 18 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba, refletindo crise nacional que afeta mais de 3.000 municípios

A seca se agrava em 3.157 municípios brasileiros, com a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) sendo fortemente impactada. No Brasil, o fenômeno atinge desde seca fraca a extrema, afetando mais da metade das cidades do país, segundo dados do Monitoramento de Secas do Cemaden.

Na RMS, 18 cidades enfrentam seca severa, enquanto outras 9 registram situação moderada. Entre as mais afetadas estão Araçoiaba da Serra, Itu e Sorocaba. A seca moderada, por sua vez, atinge municípios como Ibiúna e Piedade. Nacionalmente, o número de cidades com seca severa subiu drasticamente, um aumento de 783,3% entre maio e agosto de 2024, refletindo o impacto do fenômeno climático El Niño.

O estudo do Cemaden mostra que o fenômeno, intensificado pelo El Niño, resultou em menos chuvas e temperaturas mais altas, especialmente no Norte e Centro-Oeste. No Sudeste, o verão com chuvas abaixo da média histórica agravou a situação, comprometendo o abastecimento de água.

Especialistas alertam para o risco de desabastecimento nas cidades mais afetadas, como Salto e Itu. Segundo William Dantas Vichete, da Unesp Sorocaba, se as chuvas não se normalizarem a partir de outubro, a escassez hídrica poderá atingir mais cidades da região.

Como resposta à crise hídrica, as cidades de Cabreúva, Indaiatuba, Itu e Salto lançaram um projeto de construção da barragem do Piraí, que deverá abastecer até 700 mil pessoas. No entanto, o impacto da seca vai além da falta de água, atingindo também a agricultura e gerando consequências socioeconômicas graves.

  • Matéria: Aurélio Fidêncio
  • Informações: O Monitor de Secas (Cemaden)
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