O presidente Lula realizou uma coletiva de imprensa extensa e repleta de declarações marcantes, abordando temas econômicos, ambientais e políticos. Durante mais de uma hora de conversa com jornalistas, ele reafirmou sua visão otimista para o Brasil e destacou feitos do governo.
Crescimento econômico e previsões superadas
Lula destacou que, ao assumir o governo, encontrou um cenário pessimista, mas contrariou previsões iniciais. “Em 2023, os ‘especialistas’ diziam que o Brasil cresceria apenas 0,8%. Eu disse que desconheciam o potencial do país e, no final, crescemos 3,7%.” Ele reafirmou que espera um crescimento recorde em 2025, citando sua experiência no governo anterior, quando o país teve mais de 5% de crescimento.
Relações internacionais e COP 30 no Brasil
O presidente enfatizou a importância de colocar a Amazônia no centro dos debates climáticos. “Vamos realizar reuniões internacionais em Belém para que os líderes mundiais vejam a grandeza da nossa floresta e parem de apenas prometer ajuda sem cumpri-la.” Lula criticou a decisão de Donald Trump de retirar os EUA dos compromissos climáticos e afirmou que a COP 30 será histórica.
Autonomia do Banco Central e economia
Lula garantiu que, sob seu governo, o Banco Central terá liberdade total para agir em favor da economia. Destacou também que não interfere nos preços dos combustíveis: “A Petrobras define os reajustes. Mesmo com aumento, o diesel ainda está mais barato do que em dezembro de 2022.” Sobre o crédito consignado para o setor privado, ele anunciou um acordo histórico que impulsionará a economia.
Eleições de 2026 e alianças políticas
Lula minimizou as declarações de Kassab sobre a falta de candidato do PT para 2026. “Ainda faltam dois anos para a eleição. Kassab foi injusto com Haddad, que realizou um milagre econômico.” Ele também elogiou Alckmin e disse que, apesar de nunca imaginar uma aliança com ele, hoje reconhece seu trabalho extraordinário.
Relações com os EUA e postura frente a Trump
Questionado sobre um possível diálogo com Trump, Lula foi direto: “Trump governa os EUA, eu governo o Brasil. Se ele taxar produtos brasileiros, haverá reciprocidade.”
Equilíbrio fiscal e cortes de gastos
O presidente ressaltou que recebeu um déficit de 2% e fechou com apenas 0,1%, “que é praticamente zero”. Negou que tenha planos de novos cortes de gastos e garantiu que não haverá medidas fiscais que prejudiquem os mais pobres.
Novo modelo de comunicação com a imprensa
Lula afirmou que quer manter uma relação direta com jornalistas para evitar desinformação. “Quero construir um Brasil melhor com a ajuda da imprensa. Vamos estreitar nossa comunicação para evitar que a oposição espalhe mentiras.”
A coletiva reforça a intenção do governo em manter um diálogo aberto e pautado no crescimento econômico, desenvolvimento sustentável e alianças estratégicas.
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Matéria: Aurélio Fidêncio
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