A afirmação do governador de São Paulo foi feita durante uma coletiva de imprensa realizada há alguns dias em Lençóis Paulista, no interior do estado. A possível revisão diz respeito aos novos pedágios planejados para a região de Sorocaba e Itapetininga.
Há algumas semanas, a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) aprovou a instalação de 15 novos pedágios em oito rodovias das regiões citadas, com previsão de início de operação para 2026.
A proposta, no entanto, gerou forte repercussão entre os moradores, especialmente em Sorocaba, onde três pedágios estão previstos em um trecho de apenas 15 quilômetros da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), que é amplamente usada como via urbana.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que está sensível às críticas da população e que poderá rever os termos da concessão:
“Às vezes, percebemos que podemos melhorar o modelo e nos sensibilizarmos com coisas que não foram pensadas antes. A ponderação que estamos fazendo agora é que se será, de fato, suficiente. Se chegarmos na conclusão que não, vamos alterar sim. O objetivo da concessão é trazer mais investimento, não ônus excessivo para quem vai se deslocar de um bairro para outro” — declarou.
Entenda o que pode mudar
As novas praças de pedágio funcionarão no modelo “free flow”, que não utiliza cabines físicas. A cobrança será feita automaticamente por sensores instalados sobre a via, que identificam a placa dos veículos no momento da passagem.
O sistema já está em uso em três locais no estado: nas rodovias Laurentino Mascari e Carlos Tonani, e no Contorno Sul da Rodovia dos Tamoios. Agora, ele deve ser expandido para outras regiões, inclusive Sorocaba.
Com a mudança, o valor passará a ser calculado por quilômetro rodado:
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R$ 0,20 por km em pistas duplicadas
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R$ 0,16 por km em pistas simples
Os motoristas terão até 30 dias para pagar a tarifa, seja por meio de tag (com cobrança automática na fatura) ou via aplicativo da concessionária responsável pela rodovia.
A transição para o novo modelo também inclui a substituição progressiva das cabines manuais já existentes nas rodovias da região.
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Matéria: Aurélio Fidêncio
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